...espasmos de lucidez podem gerar avalanches de idéias, ou não.

domingo, outubro 03, 2010

Chocolates, rosas e vinho tinto.

O dia amanheceu cinza, o ônibus cheio e a mente flutuante. Mirando o horizonte, via o desenrolar de um filme mental incrível, repleto de particularidades que poderiam, ainda, torna-se lembranças. As avenidas pulsavam com a pressa dos veículos, a poluição visual cuspia proganda política aos olhos, transeuntes conversavam, crianças uniformizadas andavam. E eu, não...

Ia, sem pressa; Via, em nada associava; Dialogava, no mais completo silêncio; Diferente, no mesmo padrão... Permaneci nesta inércia aparente, embora sentisse algo diferente. Talvez apenas o tradicional anseio que precede algo diferente/trabalhoso (tipo algebra), mas acredito que não. Quando tendo a preocupar/importar-me com algo, ponho 'tudo' em outro contexto que seja superior (o que não é um desafio) e confiro o quão triviais são estes obstáculos diários e o quão fúteis são a maioria das pessoas (obviamente, não me excluindo). Vendo assim, todo o cotidiano torna-se uma enfadona jornada; nem tanto, o aproveitar da viagem (invés ao da chegada) caracteriza os satisfeitos com a existência (os ditos felizes); mas... Algo é preciso.

algo que chama a atenção na riqueza adquirida e algo que seduz na pobreza voluntária; algo mágico no mar e no ar, no deslizar, no fluir, no meditar, no esclarecer e, especialmente, há algo especial lá, onde quer que seja. É claro! A mesma conclusão por outro caminho. Começo a entrar na marcha homogênea e, abruptamente, venho ao mesmo ponto (aparente); 'embora sinta algo diferente'...

E o título..?! Ah, isso é outra história...

yaz