...espasmos de lucidez podem gerar avalanches de idéias, ou não.

terça-feira, maio 04, 2010

Não sei.

'...não sei, se estou certo ou se estou errado;
mas faço tudo o que eu quero e digo tudo o que eu faço...'
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Podem, condições muito distintas, gerar resultados finais parecidos...
(fiquei na dúvida de afirmar ou perguntar a frase anterior, por isso as reticências)
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Cansado de toda a hipocrisia, da falta de sentido e do papel de mais uma engrenagem que contribui com a gigantesca máquina social; decide sair. Simplesmente sair. Não se trata de provar algo (a alguém), mas de fazer algo por si. A renúncia dos vícios, das futilidades, das mentiras cotidianas. Viver de e para si. O destino é o caminho por si só; sentir o belo e o maravilhoso a dois mil kilometros e na próxima esquina...
Poderia ser esta a sequência lógica dos pensamentos que venho expondo aqui; mas não. Trata-se de alguém tão profundo quanto corajoso, no sentido mais puro e real desta última palavra: colocar o coração em ação. Falo de Christopher Johnson McCandless. Comparar meus parcos pensamentos com suas atitudes chega ao ofensivo.
Não continuo falando dele ou de sua história por simplesmente não me sentir a altura ou suficiente maduro para compor um pensamento sólido e fundado; depois de digeridas as idéias, espero conseguir fazê-lo. Por enquanto fica apenas a sugestão do filme e/ou livro Into de Wild (traduzido como Na Natureza Selvagem).
Resumo, momentaneamente, apenas minha pitada de ciúme (saudável) e satisfação de compartilhar, pelo menos em uma humilde parte, linhas de raciocínio com um antecedente tão particular quanto ao de Alexander Supertramp (como se auto-denominou na estrada).
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Termino com o início: a música do TNT. Certo ou errado? Irresponsabilidade ou consciência elevada? Irrelevante, indiscutível; apenas espectadores de lados opostos do mesmo estádio.
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2 comentários:

  1. Sair... sair pode ser só uma fuga. Não acredito em fugas, acredito em mundos paralelos à realidade, não acredito em fugas. Fugir é admitir uma realidade ruim. Criar é esquecer essa realidade. NÃOSEI.

    "tão profundo quanto corajoso" OWN QUE BONITINHO, sério, ai, achei muito a tua descrição, simples e forte! Tu és, meu amigo, tão profundo quanto corajoso!

    A metáfora do estádio é muito interessante, mas prefiro acreditar que estamos todos no jogo, e que 'lados' já não são cabíveis pros dias de hoje... talvez se analisados sob um aspecto só (como fazes no texto), talvez, se ditos, o 'meu' e o 'seu lado'.

    Eu te admiro muito, saibas.

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  2. Queria algo mais forte, mas o máximo que consigo dizer é MUITO OBRIGADO, meu amigo! ;D
    Lisonjeado de ler tuas palavras!

    Ah, e quanto ao final... Referia-me aos diversos pontos de vista; o espetáculo é o mesmo, tua vivencia e forma de ver que determinarão a interpretação; por isso a tendenciosidade de termos como 'certo' e 'errado' ;]

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Esteja certo... ;]

yaz